Autor: Indeterminado. Há, no NT, três homens preeminentes chamados Tiago. Em
geral aceita-se que o Tiago chamado por Paulo “irmão do Senhor” (Gl 1:19) seja o autor
da carta (v. 3836).
Destinatários: Evidentemente, os judeus convertidos que viviam fora da Terra Santa e
também os judeus devotos da Diáspora, 1:1.
Tema principal: A religião prática, manifestada nas boas obras, em contraste com a
simples profissão de fé.
Textos-chave: 1:27; 2:26.
Aparente conflito doutrinário entre Paulo e Tiago Qualquer conflito doutrinário entre a
carta de Tiago e a de Romanos é puramente imaginário. Paulo, acossado por mestres do
judaísmo nas igrejas, naturalmente deu grande ênfase à justificação pela fé sem as
observâncias cerimoniais. Quando escreveu a Tito, porém, o tema principal da carta foi
a importância das boas obras, mostrando desse modo perfeita harmonia com os ensinos
de Tiago. É evidente que este, quando parece depreciar a fé, se refere apenas ao
assentimento intelectual da verdade e não à “fé salvadora a que se refere Paulo”.
SINOPSE
Essa carta não se presta facilmente a um esboço, mas o texto, na maior parte, pode ser
dividido em dois títulos. “A religião verdadeira” e “A religião falsa”.
I. Características da religião verdadeira
1. Alegria e paciência em meio às provas, 1:2-4
2. Fé constante e firmeza de ânimo, 1:5-8
3. Aceitação da provisão divina para a vida, 1:9-11
4. Suportar a tentação, 1:12
5. Reconhecer as fontes da tentação e os resultados de ceder a ela, 1:13-15
6. Reconhecer como divina a fonte de todas as bênçãos, 1:16-18
7. O ouvido espiritual, o cuidado ao falar e a paciência diante da provocação, 1:19,20
8. O abandono de toda maldade e o recebimento, com mansidão, da verdade salvadora,
1:21
9. A busca da verdade e sua prática, 1:25
10. A generosidade prática e a pureza, 1:27
11. As boas obras, 2:18-25
a) Como demonstração de fé, v. 18
b) Cooperando com a fé e aperfeiçoando-a, v. 21-25
12. A sabedoria celestial, 3:17,18
II. Características da falsa profissão de fé
1. Ouvir a Palavra com indiferença e negligência, 1:22-24
2. A religião vã, acompanhada por uma língua indomável, 1:26
3. O favoritismo, que honra o rico e despreza o pobre, 2:1-9
4. A obediência parcial à Lei, 2:10-12
5. A inclemência, 2:13
6. A simples profissão de fé, desacompanhada de atos de misericórdia e de ajuda, 2:14-
16
7. A fé inativa, 2:17,18
8. O assentimento intelectual da verdade sem mudança de caráter, 2:19,20
9. A língua indomável e sua influência destruidora, 3:1-8
10. Louvores e maldições procedentes da mesma boca, 3:9-12
11. A inveja, a ambição egoísta e a sabedoria satânica, 3:14-16
12. As contendas e as paixões perversas, 4:1,2
13. As orações não respondidas e o mundanismo, 4:3,4
14. O orgulho, a obstinação, a impureza, mente dividida e a impenitência, 4:5-9
15. A calúnia e o juízo injusto, 4:11,12
16. A presunção de planejar o futuro, 4:13-16
17. A negligência ao dever, 4:17
III. Advertências, exortações e instrução
1. Advertências contra o rico, 5:1-6
a) Acerca de sua futura miséria, v. 1,2
b) Acerca da riqueza acumulada e da retenção do salário do pobre, v. 3,4
c) Acerca da busca do prazer e da perseguição ao justo, v. 5,6
2. Exortações acerca da vinda do Senhor, 5:7-12
a) Devemos ser pacientes e constantes, sem nos queixarmos uns contra os outros, v. 7-
10
b) Devemos seguir o exemplo dos profetas e de Jó: sofrer pacientemente, v. 10,11
c) Devemos esquivar-nos completamente de jurar, v. 12
3. Instruções acerca da oração, da confissão das ofensas e sobre ganhar almas,
5:13-20
a) A oração nos tempos difíceis e a favor dos enfermos, v. 13-15
b) A confissão das ofensas e a oração intercessora, v. 16a
c) A oração eficaz, ilustrada por Elias, v. 16b-18
d) O dever de ganhar almas, v. 19,20
Nenhum comentário:
Postar um comentário